quinta-feira, 28 de maio de 2015

Embate jurídico contra Multinacional.



Embate jurídico contra Multinacional!



No ano de 2010, no mês de julho, comprei uma moto Johnny, 150 cc, num supermercado que pertence a uma rede multinacional.


Meu ‘calvário’ se iniciou  ao me dirigir ao  Detran-RN para fazer o  primeiro ‘emplacamento’ da referida moto.


Ao iniciar o processo no Detran-RN, o funcionário me  informou que o referido veículo não estava cadastrado no ‘sistema’ [depois de muita pesquisa descobri que o tal ‘sistema’ se tratava de um poderoso computador que fica no Estado de São Paulo no  qual são inseridos os dados dos  veículos automotores pelos fabricantes, aqui no Brasil, e/ou pelos compradores/importadores de veículos  internacionais conforme o  artigo 120 do Código de Trânsito Brasileiro].


Fiquei num ‘ping  pong’ entre Detran/supermercado  até o mês de novembro daquele ano quando resolvi recorrer ao judiciário especial para resolver o conflito.


Como se tratava de uma causa de valor inferior a 20 salários mínimos, então entrei pessoalmente com a petição junto ao Juizado Especial aqui em Natal, RN.


Muito bem. Não fui feliz neste pleito em função de ter produzido uma peça jurídica totalmente ‘sem pé nem cabeça’ e, como era esperado, o juiz mandou arquivar o processo.

Ok.  No final do ano de 2012, mês de dezembro, voltei ao judiciário com uma nova petição, agora mais fundamentada, invocando os artigos competentes do Código Civil, do Código de Defesa do Consumidor e do Código de Trânsito Brasileiro. O que foi que eu fiz? Ora bolas! O que todo advogado, juiz, enfim, todos do judiciário fazem para resolver as questões jurídicas: li, estudei, busquei a forma mais adequada de direcionar a petição com as competentes provas materiais [documentação relativa ao pleito].


Na audiência de conciliação [uma audiência que acontece entre as partes fim resolver o conflito sem necessidade da intervenção do mediador, o juiz] já no primeiro semestre de 2013, não foi possível se chegar a um acordo de modos que foi marcada uma audiência com o juiz fim resolver o conflito.


No dia da audiência com o magistrado, havia três  advogados  [dois homens e uma mulher!] para defender a ré, o juiz e eu sozinho com meus parcos conhecimentos jurídicos!


Após o magistrado abrir os trabalhos perguntou às partes se havia algo a ser debatido sobre o processo.  A defesa da ré não se manifestou porém, de pronto, me manifestei para protestar em função de que a defesa da ré  havia  inserido uma tréplica um dia antes da audiência, portanto, totalmente fora do prazo legal para  tal. Foi aí que percebi certa ‘cumplicidade’ entre o magistrado e os advogados da ré, pois, antes de terminar o meu protesto, a mulher, um dos advogados de defesa da ré, se manifestou ao magistrado falando de um ‘certo acordo para aqueles casos’, por sua vez, o magistrado solicitou que ela se calasse e após o registro deste ‘mal estar’, o juiz encerrou os trabalhos informando que naquela tarde iria dá a sentença do processo.


Na sentença, o magistrado me deu ganho de causa, mandando a ré me indenizar certa quantia por danos morais, etc.


É isso aí!



Adsumus!

domingo, 24 de maio de 2015

O rádio RT-524!



O rádio RT-524.
Após o estágio de aplicação do Curso de Subespecialização em Eletrônica, estágio realizado no Centro de Reparos e Suprimentos Especiais do CFN, conhecido como CRESUMAR, fui designado para trabalhar com  o então 1ºSargento Walcides, especialista na família dos equipamentos rádio de comunicação, cujo elemento básico desta família era o RT-524.

O então 1º Sargento Walcides [veio a ser promovido a suboficial alguns meses depois que iniciamos nosso convívio profissional], foi me passando alguns ‘macetes’ para facilitar os trabalhos de manutenção do RT-524. O Walcides era um homem muito calmo, paciente, me deixava a vontade para que pudesse desenvolver as atividades de manutenção dos equipamentos que iam chegando na oficina para correção de algum problema. Quando havia uma situação que eu não conseguia resolver, ele me chamava:

- “Gato” [ gato Felix era meu apelido na Divisão de Eletrônica, apelido dado pelo então 1ºSargento CN Medeiros, apelidado de ‘Macarrão’! Gente boa o ‘Macarra’! KKKKK!], ... e me explicava como resolver aquele problema.

Tornei-me um ‘especialista’ em RT524! Com o “Barca” [o Walcides tinha o apelido de “Barca”.  Não sei a origem deste apelido!] passando para reserva remunerada, passei a ser o ‘dono’ dos 524! KKKKKK!!!

O RT-524 pertencia à faixa de frequência de VHF [very high frequency], operando na faixa de 30 a 75 MHz [mega hertz], FM [frequência modulada], emissão tipo F3 [fonia em freqüência modulada - FM], sensibilidade do receptor 0.5 microvolts, potência do transmissor 60 watts, espaçamento entre canais de 50 kHz [kilo hertz], desvio de frequência 15 kHz.

O equipamento era ‘híbrido’! Uma parte valvulada e outra transistorizada! A sintonia dos seus circuitos, tanto do transmissor quanto do receptor, era eletromecânica, o que exigia do técnico muita perícia, paciência e conhecimento do equipamento, para executar o alinhamento do transmissor e do receptor.

O 524, era o elemento básico de uma família que assumia várias configurações tanto em viaturas quanto em embarcações. 

AN-VRC-46, composto de um RT-524; AN-VRC-47, composto de dois RT-524; AN-VRC-48, composto de um RT-524 e dois receptores auxiliares R-442.

No ano de 1992, se apresentou para servir na Divisão de Eletrônica o Sargento FN ET Evandro FERNANDES e o mesmo foi designado para trabalhar comigo no famigerado RT-524.

Da mesma forma como o Walcides me repassou seus conhecimentos sobre o equipamento, eu também repassei para o Fernandes, porém  com um detalhe importante: o manual de manutenção do equipamento escrito em inglês, já estava quase todo traduzido para o português além de ter resumo de alguns ‘macetes’ para resolução de problemas mais  comuns!

No início do ano de 1993 fui desligado  do  CRESUMAR para servi no Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal e aí passei integralmente a responsabilidade da manutenção  desta família de equipamentos  rádio ao  Sargento Fernandes, o qual tive o prazer de encontrá-lo no  Encontro  de Veteranos do CFN 2015 no  CIASC.

É isso aí!

Adsumus!
RT 524

Evandro Fernandes, Sylvio [mo] e eu no "Encontrão 2015, CIASC".

Liderança!



LIDERANÇA!

Quando incorporei nas fileiras do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil em 12 de junho de 1973 no Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal, um dos assuntos mais comentados entre nós fuzileiros navais, era o emprego da liderança, em especial, a liderança pessoal.

O estudo da liderança envolve, além do conceito geral do que vem a ser liderança, também sua divisão em liderança pessoal e liderança de organização.

A liderança pessoal é aquela executada face a face, olho no olho, diretamente entre o líder e o liderado.

Já liderança de organização é uma liderança indireta, ela é exercida através de atos administrativos – memorandos, ordens do dia, enfim, por documentos normativos da administração empresarial, no setor civil/privado e na administração militar.

Pessoalmente, gosto mais da liderança pessoal visto que, é neste tipo de liderança que podemos avaliar as ‘energias’ das pessoas que lideram e das lideradas. Podemos sentir, diretamente, os efeitos das ações e ou ordens dadas para a solução de um problema ou situação qualquer do dia a dia no ambiente de trabalho.

Durante meus 28 anos de efetivo serviço no Corpo de Fuzileiros Navais, tive a oportunidade viver e conviver com oficiais e praças que, ao meu ver, foram e são grandes líderes!

Dos oficiais, quero citar o exemplo do Almirante FN Leitão.  Quem teve a oportunidade de servir na mesma unidade militar em que este oficial serviu, que seja como comandante da unidade ou oficial exercendo um outro cargo compatível com seu posto, há de concordar que o Almirante Leitão é um líder nato!

Conheci o referido oficial no final dos anos 70 e/ou início dos anos 80 no Batalhão Humaitá onde ele, no posto de Capitão-Tenente, era Ajudante da Seção de Operações e eu servia no Pelotão de Comunicações da Companhia de Comando, como SD-FN-CN. Depois nossos caminhos se cruzaram no Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal, nos anos de 1994 e 1995. Ele, Capitão-de-Fragata, Comandante do Grupamento e eu segundo-sargento e sendo promovido a primeiro-sargento em 11 de junho de 1994, sob seu comando!

Neste período no Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal, várias atitudes e comportamentos do então Comandante Leitão o consagraram como líder naval! No entanto, houve uma ação que me marcou neste período. Numa semana de adestramento na região de Muriú, litoral norte do Estado do Rio Grande do Norte, o então Suboficial FN-AT Erli, preparou uma pista de tiro instintivo e qual foi o primeiro militar a fazer a pista? Sim! Ele! O Comandante Leitão! Logo em seguida os oficiais presentes ao evento e eu fui o primeiro praça a fazer a pista.

Dos praças da minha época de serviço ativo e das diversas unidades militares por onde servi, existe uma lista imensa!

Nos anos de 1973 a 1976, do Grupamento de FN de Natal, lembro do Sargento FN IF Ernesto (o famoso ‘negão’ Ernesto!) que sempre nos motivava a estudar!

No período entre março de 1978 a junho de 1982, no Batalhão Humaitá, lembro da liderança do Sargento FN-CN Neto, militar disciplinado e disciplinador! Respeitado e admirado por seus subordinados, pares e superiores!

No Batalhão de Comando do Comando da Divisão Anfíbia, entre os anos de 1983 a março de 1986, lembro do Suboficial FN IF Barra, da CiaReconTer, dos Sargentos FN-CN Lopes, Salgado – aqui tem uma lista grande!

No período em que servi no então Centro de Reparos e Suprimentos Especiais do CFN – CRESUMAR destaco o Suboficial FN-CN/ET Ari, do Sargento FN-CN Wilson.

No período entre março de 1994 a fevereiro de 1999, no Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal, destaco o Suboficial FN-IF Dantas e do então primeiro-sargento FN-MU Sobrinho.

Até o próximo post!

Adsumus!