segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Urnas eletrônicas. Sistema Eleitoral Eletrônico. Segurança.



Urnas eletrônicas. Sistema Eleitoral Eletrônico. Segurança.


Já escrevi aqui no blog um post sobre as urnas eletrônicas e o sistema eletrônico eleitoral no Brasil.

Hoje quero me estender um pouco mais sobre o assunto, considerando os aspectos do ‘hardware’ e do ‘software’ deste sistema.

Escrevi, naquele post, que existem três níveis de possibilidades de se fraudar o sistema eleitoral:

1)    A própria urna eletrônica que coleta os votos diretamente dos eleitores;
2)    O computador que concentra os votos de uma dada região eleitoral [TREs]; e,
3)    O computador central que tabula os dados recebidos dos TREs [STE].

Antes quero explicar, resumidamente, o funcionamento de todos os equipamentos eletrônicos que têm suas funções controladas/gerenciadas por um microprocessador ou por um microcontrolador.

A diferença básica entre um microprocessador e um microcontrolador é que, este último, tem dentro do chip, além do microprocessador, uma memória ‘ROM’ que contém as instruções de funcionamento do sistema e uma espécie de memória ‘flash’ [ ‘flash’ é uma memória de escrita e leitura e que, quando retiramos a energia dela, os dados inseridos nela não se perdem! É como se fosse um ‘pendrive’!] na qual poderemos escrever instruções, complementando as instruções básicas do microcontrolador como também pode armazenar dados resultantes das operações feitas pelo microprocessador.

O microprocessador ou CPU, por sua vez, é constituído de unidade de controle [UC], unidade lógica e aritmética [ULA] e os registradores [RI]. Todos estes circuitos eletrônicos ficam inseridos num mesmo ‘chip’ e se comunicam com o universo externo através de seus pinos onde recebem energia para seu funcionamento, tem os barramentos de controle e entrada e saída de dados, etc...

Os equipamentos eletrônicos que são gerenciados/controlados por microprocessadores ou microcontroladores usam um conjunto de instruções [os programas ou o famigerado "software"!] para seu funcionamento adequado.

As instruções dos programas dizem aos micro processadores/controladores ‘façam isso, façam aquilo’, por exemplo: leia o teclado, tem tecla acionada? Se sim, imprima a tecla no monitor, se não, pule para a instrução seguinte,... Etc.

E aí? O que é que tem haver os microprocessadores e microcontroladores com as eleições? 

Ora bolas! 

Os programas usados pelo sistema eleitoral no Brasil são escritos por seres HUMANOS! Por pessoas! Portanto, estas pessoas podem ser corrompidas para inserir nos programas do sistema eleitoral, instruções que garantam a eleição de um determinado candidato!

Como pode ser feito? Basta inserir no programa uma linha de instrução do tipo “para cada 100 votos, 51 votos para candidato Alfa”. Os demais votos são distribuídos normalmente para cada candidato que disputa o pleito. Portanto, desta forma, se garante que o candidato Alfa será eleito! Este tipo de instrução pode ser inserido no programa da urna eletrônica, no computador concentrador de uma dada região eleitoral [TREs] e no computador central do STE.

E agora ‘José’? 

Quem GARANTE, cem por cento, que estes técnicos/funcionários da justiça eleitoral são ‘incorruptíveis’?



Adsumus!

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