sábado, 4 de março de 2017

O CB-FN-CN-CABRAL e o Código Morse. CIAdestCFN/1977.



O CB-FN-CN-CABRAL


Já escrevi aqui no blog diversos posts sobre o aspecto da formação militar naval. 


No ano de 1977 fiz o curso de especialização de Comunicações Navais – EspCN/77. Naquele ano, o Centro de Instrução e Adestramento do CFN, atual CIASC, formou duas turmas de 40 alunos cada, do curso de EspCN. Eram as turmas EZ-8 e EZ-9. Eu era da EZ-9. 


O Cabo Cabral era um dos nossos instrutores de código Morse – transmissão, se não me falha a memória.


Lá pelo mês de novembro, alguns alunos estavam um pouco apreensivos em função de não estarem dominando a transmissão do código Morse, adequadamente, fim obterem sucesso no exame final de transmissão. A prova consistia na transmissão de um texto claro e outro cifrado num tempo máximo de 5 minutos.


A choradeira chegou ao Cabo Cabral. O mesmo reuniu a turma em sala de aula e começou a falar sobre superação de dificuldades e o que me chamou a atenção, foi ele ter dito que tinha um filho especial portador da  "SÍNDROME DE DOWN" e que precisava de cuidados especiais, inclusive acompanhamento médico. Outro fato que me chamou a atenção foi ele, o Cabo Cabral, ter informado que sua remuneração era pouca para cobrir com as despesas médicas do filho e o que ele fazia para atender a esta demanda especial de dinheiro? Trabalhava como taxista, nas horas de folga e aos sábados, domingos e feriados! Ao sair de bordo, guarnecia o táxi e, muitas vezes, varava a noite, chegando em casa pela manhã, tomava um banho, trocava de roupa e partia para o quartel.


Este relato serviu para nos motivar e nos esforçar nos estudos, não só do código Morse, como também das demais disciplinas, em especial a datilografia que foi também outro tormento para a turma, não para eu visto que já era datilografo! [Leia aqui sobre meu primeiro ‘diploma profissional’!]


Daqui quero deixar meus sentimentos de respeito, estima e consideração ao ‘CLG’ Cabral. 


Minha continência! 


73/ ! – Abraços, na linguagem – gíria ou jargão – Morse!


Adsumus!

sexta-feira, 3 de março de 2017

Material de Construção Guilherme



MATERIAL DE CONSTRUÇÃO GUILHERME.

Êpaaaa!!!! Não! Não e não! Não estou transformando minha ‘fanpage’ e o meu blog em página de propaganda ou ‘merchan’!

Conheci o Senhor GUILHERME no segundo semestre de 2001 quando me estabeleci em Natal ao passar para a reserva remunerada da Marinha.

Quando chequei a Natal, tive que aumentar a área coberta da minha humilde residência para nos dá um pouco mais de conforto e, durante as obras de expansão do imóvel, fazia pesquisas para a compra de material de construção. Foi numa dessas pesquisas que conheci o Senhor GUILHERME. 

Naquela época existia a figura do ‘cheque’ para pagamentos e numa compra na Loja de Material de Construção Guilherme, após preencher o cheque, apresentei minha carteira de identidade da Marinha para conferência de assinatura e outros dados, como era costume naquela época. O Senhor Guilherme ao ver a minha identificação, olhou para eu e disse:

- “Sub” [nas FFAA o tratamento de ‘sub’ é dado aos Subtenentes (EB) e Suboficiais (Marinha e FAB)] também sou “de Marinha”!

A partir daí, ele comentou que foi para reserva aos 44 anos de idade pois foi atingido pela ‘cota compulsória’ por idade. Ele era primeira classe ou cabo, não lembro bem a graduação.

Inicialmente, ele se estabeleceu numa cidade do interior do Estado da Paraíba, mas suas atividades ‘comerciais’ por lá não deu certo [montou um ‘cabaré’! KKKKKKK]. Veio para Natal [antiga Vila de Ponta Negra, atualmente, Ponta Negra] e iniciou o negócio da loja de material de construção.

Atualmente, aos 85 anos, o Senhor Guilherme continua laborativo! Trabalha de domingo a domingo, auxiliado pelos filhos. Vez ou outra, o flagro dirigindo uma antiga ‘gurgel’, fazendo entrega de pequenas compras dos clientes aos seus domicílios.

Qual o ‘segredo’ do sucesso do Senhor GUILHERME? TRABALHO! Aos domingos, feriados, etc, ... a Loja de Material de Construção Guilherme está aberta! Não fecha para almoço!

Há cerca de umas três semanas, o encontrei na loja [era um domingo!] e, num bate papo informal, me contou que tinha um sonho de consumo: comprar uma amarok. Foi ao banco e verificou que tinha dinheiro suficiente para fazer a compra à vista e ainda sobraria uns trocados! KKKKK!!! Decidiu que iria fechar o negócio no dia seguinte. Durante a noite, teve um sonho que modificou seu ‘investimento’: havia dois terrenos por trás da sua casa e os comprou e deu aos seus dois netos. Fez uma piscina para a família se reunir após fechar a loja aos domingos e feriados e para seu uso próprio, pois ele bem que merece!

Aqui, Senhor GUILHERME, quero deixar minha singela homenagem ao Homem vitorioso e de sucesso que o Senhor o é! 

Deixo minha continência em sinal de respeito, estima e consideração!

Adsumus!