Urnas eletrônicas. Sistema Eleitoral Eletrônico. Segurança.
Já escrevi aqui no blog um post sobre as urnas eletrônicas e o sistema eletrônico eleitoral no
Brasil.
Hoje quero me
estender um pouco mais sobre o assunto, considerando os aspectos do ‘hardware’
e do ‘software’ deste sistema.
Escrevi, naquele
post, que existem três níveis de possibilidades de se fraudar o sistema
eleitoral:
1) A
própria urna eletrônica que coleta os votos diretamente dos eleitores;
2) O
computador que concentra os votos de uma dada região eleitoral [TREs]; e,
3) O
computador central que tabula os dados recebidos dos TREs [STE].
Antes quero
explicar, resumidamente, o funcionamento de todos os equipamentos eletrônicos
que têm suas funções controladas/gerenciadas por um microprocessador ou por um
microcontrolador.
A diferença
básica entre um microprocessador
e um microcontrolador é que,
este último, tem dentro do chip, além do microprocessador, uma memória ‘ROM’
que contém as instruções de funcionamento do sistema e uma espécie de memória ‘flash’
[ ‘flash’ é uma memória de escrita e leitura e que, quando retiramos a energia
dela, os dados inseridos nela não se perdem! É como se fosse um ‘pendrive’!] na
qual poderemos escrever instruções, complementando as instruções básicas do
microcontrolador como também pode armazenar dados resultantes das operações feitas
pelo microprocessador.
O
microprocessador ou CPU, por sua vez, é constituído de unidade de controle [UC],
unidade lógica e aritmética [ULA] e os registradores [RI]. Todos estes
circuitos eletrônicos ficam inseridos num mesmo ‘chip’ e se comunicam com o
universo externo através de seus pinos onde recebem energia para seu
funcionamento, tem os barramentos de controle e entrada e saída de dados,
etc...
Os equipamentos
eletrônicos que são gerenciados/controlados por microprocessadores ou
microcontroladores usam um conjunto de instruções [os programas ou o famigerado "software"!] para seu
funcionamento adequado.
As instruções
dos programas dizem aos micro processadores/controladores ‘façam isso, façam aquilo’, por exemplo:
leia o teclado, tem tecla acionada? Se sim, imprima a tecla no monitor, se não,
pule para a instrução seguinte,... Etc.
E aí? O que é
que tem haver os microprocessadores e microcontroladores com as eleições?
Ora bolas!
Os programas usados pelo sistema eleitoral no Brasil são escritos por seres HUMANOS! Por pessoas! Portanto, estas pessoas podem ser corrompidas para inserir nos programas do sistema eleitoral, instruções que garantam a eleição de um determinado candidato!
Ora bolas!
Os programas usados pelo sistema eleitoral no Brasil são escritos por seres HUMANOS! Por pessoas! Portanto, estas pessoas podem ser corrompidas para inserir nos programas do sistema eleitoral, instruções que garantam a eleição de um determinado candidato!
Como pode ser
feito? Basta inserir no programa uma linha de instrução do tipo “para cada 100
votos, 51 votos para candidato Alfa”. Os demais votos são distribuídos
normalmente para cada candidato que disputa o pleito. Portanto, desta forma, se
garante que o candidato Alfa será eleito! Este tipo de instrução pode ser
inserido no programa da urna eletrônica, no computador concentrador de uma dada
região eleitoral [TREs] e no computador central do STE.
E agora ‘José’?
Quem GARANTE, cem por cento, que estes técnicos/funcionários da justiça eleitoral são ‘incorruptíveis’?
Quem GARANTE, cem por cento, que estes técnicos/funcionários da justiça eleitoral são ‘incorruptíveis’?
Adsumus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário