terça-feira, 29 de abril de 2014

AN-PRC47. Chegada ao Batalhão Humaitá.

Já escrevi em diversos posts  do blog que servi no Batalhão Humaitá [2ºBtlInf/DivAnf] no período de março de 1978 a junho de 1982.

Creio que, se não me falha a memória, o equipamento rádio de comunicações AN-PRC47 foi entregue ao Batalhão Humaitá no ano de 1978.

As letras da nomenclatura:

AN - Army and Navy - Exército e Marinha; e,
PRC - portable radio comunicaction - rádio portátil de comunicação.  O número se refere à série de fabricação.

O equipamento foi entregue ao batalhão instalado numa viatura 3/4 ton/tne [jeep]. 

Principais características:

-modulação: AM/SSB [amplitude modulada com bandas laterais singelas superior e inferior];

-potência do transmissor: 100 watts [pico a pico]; e,

-operação de voz [fonia, A3], CW [A1] e MCW [A2].

Era empregado para comunicações de longa distância em função das características do seu transmissor e tipos de modulação.

Bem, após esta rápida apresentação do equipamento, vamos ao fato que me veio à memória em relação a este equipamento.

Quando a viatura com o equipamento foi apresentada ao batalhão, o pessoal de comunicações se reuniu em torno da viatura e, os mais antigos querendo "apresentar serviço" ao Oficial de Comunicações [kkkkk], tentaram ligar o equipamento sem obter sucesso e alguns já foram logo 'malhando' o rádio etc et tal...

O meu amigo Hélio [ já escrevi aqui sobre ele] e eu, esperamos o pessoal se afastar da viatura e nos aproximamos do rádio.  Pegamos a tampa que encobria o painel de controle onde, na parte interna, tinha um resumo de como operar o equipamento, em língua inglesa!

Saquei do bolso do uniforme, meu mini dicionário de inglês/português e juntando os conhecimentos de operação adquiridos no curso de especialização, fomos seguindo o passo-a-passo para as configurações do equipamento fim deixá-lo em condições de operar.

Em pouco tempo estávamos com o famoso 'SSB' no ar!

Aí os demais colegas que tinham se afastados voltaram à viatura e procuraram saber como foi que conseguimos fazer o rádio funcionar e, então, explicamos que estudamos o referido rádio no nosso curso de especialização CN.

A partir daquele momento, o meu amigo Hélio e eu passamos a angariar o respeito dos demais colegas mais antigos do batalhão.


Adsumus!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

O que é capital de 'giro'?


O artigo abaixo o recebi via e-mail de um amigo.  

Capital de giro é isso.    
   
Entenda o que é CAPITAL DE GIRO.

Um viajante chega numa pequena cidade e entra num pequeno hotel.  Na recepção, entrega duas notas de R$ 100,00 e pede para ver um quarto.

Enquanto o viajante inspeciona o quarto, o gerente do hotel sai correndo com as duas notas de  R$ 100,00 e vai até o açougue pagar sua dívida com o açougueiro.

Este pega as duas notas e vai até um criador de suínos a quem, coincidentemente, também deve  R$ 200,00 e quita a dívida.

O criador, por sua vez, pega também as duas notas e corre ao veterinário para liquidar uma dívida de... R$ 200,00.

O veterinário, com a duas notas em mãos, vai até a zona da cidade quitar a dívida com uma garota de programa. Coincidentemente, a dívida era de R$ 200,00.

A garota sai com o dinheiro em direção ao hotel, lugar onde, às vezes, levava seus clientes e que ultimamente não havia pago pelas acomodações.

Valor total da dívida: R$ 200,00. Ela avisa ao gerente que está pagando a conta e coloca as notas em cima do balcão.

Nesse momento, o viajante retorna dos quartos, diz não ser o que esperava, pega as duas notas de volta, agradece e sai do hotel.

Ninguém ganhou ou gastou nenhum centavo, porém agora toda a cidade vive sem dívidas, com o crédito restaurado e começa a ver o futuro com confiança!

MORAL DA HISTÓRIA: NÃO QUEIRA ENTENDER ECONOMIA!


Adsumus!

domingo, 20 de abril de 2014

O Poder das Palavras em dez lições.



O artigo abaixo o recebi do tutor de um curso sobre empreendedorismo que fiz no primeiro semestre de 2006.

"O PODER DAS PALAVRAS EM DEZ LIÇÕES

A comunicação dirige nossos pensamentos e molda nossas ações e, de alguma forma, ela nos ajuda a criar a nossa realidade, evidenciando nossos pontos fortes ou potencializando nossas limitações. A habilidade de usar a comunicação verbal (oral ou escrita) com precisão é essencial para facilitar o relacionamento entre as pessoas.

1. CUIDADO COM A PALAVRA NÃO. A Frase que contém NÃO, para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O NÃO existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo: pense em  NÃO"... Não vem nada à mente. Agora, vou lhe pedir não pense na cor vermelha... Eu pedi para você NÃO pensar na cor vermelha e você provavelmente pensou. Procure falar somente o que quer e não o que não quer.

2. CUIDADO COM A PALAVRA MAS, QUE NEGA TUDO QUE VEM ANTES. Por exemplo: "O Pedro é um rapaz inteligente, esforçado, MAS...". Substitua o MAS por E, quando indicado.

3. CUIDADO COM A PALAVRA TENTAR, QUE PRESSUPÕE A POSSIBILIDADE DE FALHA. Por exemplo: "Vou tentar encontrar com você amanhã às 8 horas". Em outras palavras: Tenho grande chance de não ir, pois vou "tentar". Evite TENTAR, FAÇA.

4. CUIDADO COM NÃO POSSO OU NÃO CONSIGO, que dão idéia de incapacidade pessoal. Use NÃO QUERO, NÃO PODIA ou NÃO CONSEGUIA, que pressupõe que vai conseguir, que vai poder.

5. CUIDADO COM AS PALAVRAS DEVO, TENHO QUE OU PRECISO, que pressupõem que algo externo controla a sua vida. Em vez delas use QUERO, DECIDO, VOU.

6. FALE DOS PROBLEMAS OU DAS DESCRIÇÕES NEGATIVAS DE SI MESMO, UTILIZANDO O VERBO NO PASSADO. Isto libera o presente. Por exemplo, "Eu tinha dificuldade em fazer isto..."
7. FALE DAS MUDANÇAS DESEJADAS PARA O FUTURO UTILIZANDO O TEMPO PRESENTE DO VERBO. Por exemplo: em vez de dizer "Vou conseguir", diga "Estou conseguindo".

8. SUBSTITUA O SE POR QUANDO. Por exemplo: em vez de falar "Se eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar", fale "Quando eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar".

9. SUBSTITUA ESPERO POR SEI. Por exemplo: em vez de falar "Eu espero aprender isso", diga "Eu sei que vou aprender isso". ESPERAR suscita dúvidas e enfraquece a linguagem.

10. SUBSTITUA O CONDICIONAL PELO PRESENTE. Por exemplo: Ao invés de dizer "Eu gostaria de agradecer à presença de vocês", diga "Eu AGRADEÇO a presença de vocês". O verbo no presente fica mais forte e concreto."

Adsumus!

O Cabo FN que só chegava atrasado! KKKK!

Hoje ao ler meus e-mails me deparei com um que me fez recordar do caso de um cabo FN que costumava chegar atrasado.

O e-mail que provocou minha memória, trata de  uma mensagem numa lápide de um túmulo no cemitério da cidade americana de Utah. Abaixo deste post segue a imagem e a tradução da tal mensagem que ficou famosa.

Com relação ao nosso "Cabo FN que só chegava atrasado", vou chamá-lo de "Cabo Charlie".


Muito bem!  Após verificar os constantes atrasos à Unidade Militar onde servíamos e por ser o 'mais antigo' do setor onde estava lotado o tal cabo, e que, portanto, me cabia, por dever de ofício, apurar os motivos pelos quais o Cabo Charlie costumava chegar atrasado e buscar, juntos, uma solução ao problema.

Após várias 'investigações' [KKKK! Como se eu fosse da área de 'inteligência'!] resolvi ter uma conversa direta e franca com o colega.

Nos trancamos numa sala e iniciei a conversa informando o motivo do nosso bate papo e explicando as possíveis consequências administrativas e as implicações na carreira, caso o problema fosse levado à frente, ou seja, encaminhado ao Comando da Unidade Militar fim aplicação pura e simples das normas disciplinares previstas no nosso Regulamento Disciplinar da Marinha.

Após um pequeno silêncio, o Cabo Charlie começou a se explicar:

- Chefe, o problema é que 'tenho' quatro mulheres! [em 'off' e no íntimo KKKKKKK!!!] A legítima, a famosa 01, e mais três por fora! A questão é que, saio de casa muito cedo e, antes de chegar ao quartel, passo na casa de uma das três 'extras' para dá uma 'assistência', de modos que, nem sempre consigo chegar no horário limite de regresso.

Elas são pessoas humildes - continuou o Cabo Charlie com o seu relato - e me dá muita pena as verem numa situação tão difícil e não poder ajudá-las de formas que, o que eu posso fazer por elas, faço...

Depois deste relato, expliquei ao Cabo Charlie que a Marinha não tem nada a ver com a vida privativa das pessoas que a servem, no entanto, quando as atividades particulares destas pessoas tendem a influir ou alterar o bom andamento das atividades navais, aí sim, a Marinha, a Instituição, é obrigada a intervir fim não prejudicar a Instituição e/ou criar embaraços administrativos ou até mesmo de ordem que venham a denegrir a imagem da Força junto ao público em geral.

Expliquei, ainda, que ele procurasse se ajustar aos horários de regresso, pois, caso se mantivesse naquele padrão de comportamento - chegar atrasado - eu iria acionar os mecanismos administrativos fim evitar que tal comportamento viesse a configurar que eu estava 'passando mão por sobre sua cabeça' e, ao mesmo tempo, incentivar outros subordinados a se comportarem daquela forma, tirando minha autoridade, liderança e controle disciplinar sobre a equipe em que trabalhavámos.

O fato é que o Cabo Charlie melhorou sua pontualidade em relação ao horário de regresso à OM.

E as mulheres?  Bem, aí só procurando o Cabo Charlie para saber o final desta história! KKKKK!

Túmulo de Utah, USA.  Crédito da imagem: recebi por e-mail.


Tradução da mensagem da lápide:


1. É importante ter uma mulher que ajude em casa, cozinhe de tempos em tempos, limpe a casa e tenha um trabalho;

 2. É importante ter uma mulher que te faça rir;

 3. É importante ter uma mulher em que possa confiar e não minta;

 4. É importante ter uma mulher que seja boa na cama e que goste de estar contigo;

 5. É muito, mas muito importante que estas quatro mulheres nunca se conheçam, caso contrário podes terminar morto como eu. 

KKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!
Adsumus!



segunda-feira, 14 de abril de 2014

As Aventuras de WILSON "Camelo". Parte II.

Já escrevi aqui sobre o SD-FN-WILSON "Camelo". Hoje lembrei de outra aventura do "Camelo".

O SD-FN-MIGUEL DIAS (M Dias) é Fuzileiro Naval da época do 'Camelo', creio que sejam da mesma turma e os dois eram muito amigos e serviram juntos no Batalhão Humaitá.

Quando saiam de férias, os dois viajavam juntos para Natal e, numa daquelas férias, o Wilson convidou o M Dias para um almoço na casa dos pais.

A família do "Camelo" era grande!  Muitos irmãos e irmãs e todos muito extrovertidos, animados, adoravam tirar 'sarro' uns dos outros e os pais idem.

O fato é que, durante o tal almoço, lá pelas tantas, Wilson se levantou e falou:

- Pai, mãe! Tá vendo este 'cabra safado' aqui, - e apontou para o M Dias -, pois é, ele vivia dizendo lá Batalhão que quando chegasse aqui em Natal ia 'transar' com minhas irmãs e se a 'velha' desse bobeira, ele a 'traçava' também!  KKKKKK!

M Dias procurou um lugar para se esconder e não achava! A família toda 'caiu de garfo e faca' em cima do M Dias, tirando 'sarro' dele e deram excelentes gargalhadas com a 'presepada' aprontada por Wilson em relação ao seu amigo.

Pois é, caros(as) leitores(as), "Camelo" era e é uma comédia! 

Que pena que a grande mídia brasileira não o descobriu e aproveitou o potencial humorístico do Wilson 'Camelo'.

Adsumus!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

As aventuras de Wilson "Camelo" - parte I

O SD-FN-Wilson da turma de 1967 do Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal, ficou 'famoso' no Corpo de Fuzileiros Navais e na Marinha por ser campeão em salto com vara e um excelente contador de piadas além de ser um 'samurai' [praticante de caratê].

A origem do apelido "Camelo" não conheço. 

Soube que ele serviu algum tempo no Batalhão Humaitá e quando se via no pátio do Batalhão um grupo de fuzileiros dando as maiores risadas, podia apostar que o 'Camelo' estava no meio da roda contando suas piadas.

Ele também serviu no Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal nos anos 70 e foi neste período aqui em Natal que ele completou o nono ano de serviço e saiu o seu licenciamento do serviço ativo por mensagem.

Ao tomar conhecimento de sua 'baixa', pediu audiência ao Comandante do Grupamento e solicitou permissão para se dirigir ao Rio de Janeiro fim resolver o problema do seu reengajamento.

Ao receber a autorização, se mandou para o Rio de Janeiro e, chegando por lá, procurou um Almirante  que ele conhecia de outros 'carnavais'.

Encontrou o Almirante numa reunião com seu Estado Maior e falou com o Ajudante de Ordens pedindo para  informar ao Almirante que ele queria falar com o mesmo.

Ato contínuo, o Ajudante de Ordens, que já conhecia o "Camelo" falou com o Almirante e, de imediato, o Almirante  parou a reunião e o mandou entrar na sala. 

"Camelo" ao adentrar à sala foi 'saudado' pelo Almirante e foi logo determinando que o reengajamento dele estava 'pendente' do mesmo fazer  todos daquela sala rirem  com suas piadas.

Sem pensar duas vezes, "Camelo" mandou ver! 

Contou diversas piadas e todos riram tanto de formas que alguns dos oficiais chegaram a 'chorar' de tanto ri! 

Ao fim da 'seção de piadas' o Almirante informou que o reengajamento dele estava 'safo' (ver PS_1 e PS_2!).

É isso aí!  "Quem não tem dinheiro, conta histórias"! (bordão do Paulinho Gogó, personagem do programa humorístico 'A Praça é Nossa', SBT).

KKKKKK!!!!

Adsumus!


PS_1: Quero esclarecer que, as Autoridades Navais, antes de atender qualquer pedido de subalterno, se informam sobre o aspecto da 'meritocracia', ou seja, se o dito cujo preenche os requisitos do seu pleito, as normas legais. 

PS_2: SAFO, no jargão naval quando se faz referência às pessoas, significa capaz, competente e quando se refere a uma situação, significa que o problema está resolvido, solucionado.
Wilson "Camelo" é o que está agachado à direita da imagem. Fonte/crédito da imagem: arquivo pessoal de Daniel Rodrigues Batalha [https://www.facebook.com/danielrbatalha]


segunda-feira, 7 de abril de 2014

O Cabo-FN-CN Magalhães e o 'PDT'! KKKKK!

Após a conclusão do estágio do Curso de Formação de Sargentos CN realizado na antiga Companhia de Ligação de Comunicações - CiaLigCom, baseada na Ilha das Flores, estágio realizado no primeiro semestre de 1983, fui apresentado para servir no Batalhão de Comando do Comando da Divisão Anfíbia - BtlCmd/CmdDivAnf, no início do segundo semestre de 1983. 

Servi neste batalhão até o início do ano de 1986, quando fui desligado para o Centro de Instrução Almirante Wandenkolk - CIAW, na Ilha das Enxadas, fim fazer o Curso de Subespecialização em Eletrônica [já escrevi aqui que, para ascensão profissional, o Fuzileiro Naval faz diversos cursos ao longo da carreira!].

Muito bem!  Neste período eu tirava serviço como Chefe de Divisão de Serviços no Centro de Comunicações do Comando da Divisão Anfíbia. As equipes das divisões de serviço eram compostas por um sargento, dois cabos e um soldado. Cada qual com suas tarefas específicas e gerais conforme a Ordem Interna da Comando da DivAnf que regulava o serviço no Centro de Comunicações.

Nesta época, também servia no Batalhão de Comando, o Cabo-FN-CN-Magalhães o qual tinha o indicativo de operador PDT! Já escrevi aqui sobre o que é Indicativo de Operador ou Radio-operador do Sistema de Comunicações da Marinha.

Quem teve contato com a área das Comunicações Navais, deve lembrar que existiam, na época, alguns modelos em papel próprio para se escrever as mensagens e que, no canto superior esquerdo destes modelos, o CN escrevente da mensagem, digitava seu indicativo de operador. Existiam dois modelos para as mensagens escritas: os famosos modelo C-5 e C-6!  O modelo C-5 era para escrita das mensagens transmitidas [mensagens originadas num comando] e os modelos C-6 que eram para escrita das mensagens recebidas, sendo que, estes modelos também eram usados para se enviar as mensagens transmitidas e o modelo C-5 ficava arquivado, os originais, nos Centros de Comunicações [as Grandes Unidades têm 
Centro de Comunicações e as Unidades subordinadas a uma G.U, Centro de Mensagens]  e nos Centros de Mensagens. O modelo C-5 era impresso em papel de fundo branco e o modelo C-6 em papel de fundo amarelo.

Quando o Cabo Magalhães estava de serviço como escrevente das mensagens, era um problema!  Não, não e não!  Não era o Cabo 'Magal' o problema, mais o fato dele ter que digitar seu 'QM' [indicativo de operador] nas mensagens e os Oficiais de Serviço no Comando da DivAnf que, nem sempre eram do próprio comando da DivAnf e sim de outras OMs da área, ao ler as mensagens e viam o indicativo 'PDT' me chamavam para dá explicações que 'sacanagem' era aquela de escrever a sigla de um partido político nas mensagens!  Aí eu ia explicar a questão do uso do indicativo de operador nas mensagens que era para identificar quem foi o CN que digitou tal mensagem e que, como tal, era responsável por tudo que estava escrito nela, etc, ... blá blá, ... Alguns oficiais aceitavam a argumentação outros ficavam por ali 'remoendo', outros iam tirar dúvidas com o G-50 - Oficial de Comunicações do Comando da Divisão Anfíbia.

Bem! Eis a celeuma do uso do indicativo de operador [QM]  gerada em função do colega Cabo Magalhães usar seu 'famoso' indicativo de operador nas mensagens!  

Adsumus!

sábado, 5 de abril de 2014

Ilha da Marambaia: uma retirada planejada.

Este post trata de uma história que ouvi dos colegas da época em que servi no Batalhão Humaitá [março/1978 a junho/1982].

Naquela época os batalhões da Divisão Anfíbia, como parte integrante das suas preparações para o combate, passavam cerca de duas semanas em manobras militares na Ilha da Marambaia.  

Nestes períodos de exercícios militares, várias atividades eram planejadas como tiro instintivo, pista de combate, orientação e navegação terrestre, patrulha de reconhecimento e de combate, tiro das armas de apoio orgânicas do batalhão como o morteiro 81mm e o anti-carro SR 105mm, tiro sobre tropas com as metralhadoras MAG 7,62mm. Enfim, eram duas semanas repletas de atividades!

Num destes períodos de adestramento do batalhão, o comando do batalhão recebeu ordens de retornar à  base na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.  O Comandante do Batalhão reuniu o Estado Maior e determinou que fosse feito o planejamento de uma retirada do batalhão, pessoal e material, via restinga da Marambaia.

A Ilha da Marambaia tem uma comunicação com o continente via Restinga da Marambaia [imagem abaixo ].

O fato é que, a baixar mar escolhida para o deslocamento entre a ilha e o continente, se deu durante a noite, se não me falha a memória, pela madrugada.

As viaturas foram posicionadas de formas que, as sobre lagartas, pudessem rebocar as sobre pneus.  E assim se formou o comboio em direção ao continente.

Quem conhece aquela região, naquela época existia uma unidade do Exército no continente e que ficava na rota do  deslocamento.  Quando a coluna de marcha se aproximou desta unidade, um soldado do EB que estava de sentinela ao ver aquele imenso comboio indo em sua direção, entrou em desespero!  

Rapidamente o Oficial de Dia daquela unidade foi acionado e conseguiu acalmar o jovem soldado.  O jovem tenente do EB ficou deslumbrado com  a  capacidade dos Fuzileiros Navais se  deslocarem sob  condições tão adversas e de madrugada!

É isso aí!  É o treinamento, o preparo físico, psíquico e técnico/profissional que nos habilita a cumprir as missões que nos são atribuídas!



Adsumus!







sexta-feira, 4 de abril de 2014

A Esquadra de Tiro 'perdida'!

Já escrevi em diversos posts aqui do blog que servi no Batalhão Humaitá, 2°BtlInf/DivAnf, entre março de 1978 a junho de 1982, quando fui desligado para então Centro de Instrução e Adestramento do Corpo de Fuzileiros Navais [atual CIASC] fim fazer o Curso de Formação de Sargentos de Comunicações Navais e que este lapso temporal foi o melhor da vinha de Fuzileiro Naval.

Pois bem.  Numa Operação Anfíbia na região de Marataízes, litoral do Espírito Santo, estava atuando como rádio-operador de uma Companhia do Batalhão quando, num deslocamento, nos deparamos com uma Esquadra de Tiro de outra companhia do Batalhão que estava 'à garra', perdida, sem contato com seu Grupo de Combate e, em consequência com seu pelotão e companhia.

Para apresentar uma possível solução ao cabo comandante da ET [esquadra de tiro], solicitei permissão ao comandante da companhia, ao qual estava diretamente subordinado, para entrar em contato com o comando do batalhão fim consegui a posição da companhia à qual pertencia aquela ET.  Com a autorização comandante da companhia fiz contato via rádio com o comando do batalhão usando o meu indicativo de rádio-operador [na Marinha, todos os militares dá área de Comunicações Navais, são operadores do sistema de telecomunicações da Marinha e, como tal, todos tem um indicativo de operador expedido e controlado, na época, pelo Comando de Operações Navais. O meu indicativo era: PAPA GOL YANKEE - PGY! Este indicativo ficou 'famoso' (KKKK!) na Divisão Anfíbia e até fora da mesma em função de eu ter apoiado, como CN, muitas operações de outras unidades de FN fora da Ilha do Governador. Daquela época teve muitos colegas CNs do Batalhão Humaitá que também ficaram 'famosos' como o Hélio - PHE, Alcides - PHV, Etcheverria - PHJ, Cabo Lima - NAM, etc...]

Os colegas que estavam operando o Centro de Mensagens do Batalhão, ao ouvir o meu chamado usando o meu indicativo de operador, prontamente me atenderam e, de pronto, reportei a situação. Os colegas CNs do CMsgs explicaram a situação ao oficial de operações do batalhão que autorizou o pessoal CN me informar as coordenadas da companhia à qual pertencia a tal ET.

Recebi a mensagem cifrada [codificada] com as coordenadas da posição atual daquela companhia, decifrei, pequei minha carta topográfica pessoal [já escrevi que, sempre carregava comigo uma carta topográfica da região onde ia operar!], orientei a carta no terreno, fiz um croquis da região entre nossa posição e a posição da companhia e dei as instruções ao cabo comandante da ET e sua equipe. O cabo agradeceu o apoio e se deslocou com sua ET.  Uma meia hora depois, recebo a informação pelo rádio que tinha dado tudo certo e a ET já tinha se re-entregado à sua companhia.

Ao ver o sucesso da operação para orientar a ET a retornar à sua companhia, um jovem tenente da companhia me questionou sobre como ter um indicativo de operador que nem eu para ele poder se 'safar' em situações como aquela.  Expliquei para ele que o indicativo de operador era exclusivo do pessoal de Comunicações da Marinha e que para ele ter um indicativo de operador só após fazer os cursos específicos para oficiais de comunicações.  O jovem tenente me agradeceu as explicações e ficou 'vibrando' com o sucesso da rapidez com que foi resolvido a questão da ET 'perdida'.

É isso aí, pessoal!  Estas atividades faziam e fazem parte do nosso trabalho como elementos operantes do Sistema de Telecomunicações da Marinha.

Adsumus!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ibope, ‘poder oculto’ e a janela de Overton.


Ibope, ‘poder oculto’ e a janela de Overton.

Fazendo uma reflexão dos fatos políticos e econômicos mais recentes do nosso país, creio que, podemos afirmar sem medo de errar,  a Dilma ‘já era’!

Qual ou quais fatos/elementos podem nos levar a esta conclusão tão antecipada das eleições?

Creio que a imagem abaixo dá um quadro dos diversos motivos pelos quais os ‘poderosos ocultos’ querem tirar ‘ella’ do poder.

Crédito/fonte da imagem: http://coturnonoturno.blogspot.com.br/2014/04/dilma-e-12-minutos-de-mentiras.html, acesso dia 03/04/2014, às 09h00min.

Bem,... ‘o poder oculto’ que governa o mundo dispõe de várias ferramentas para controle e condução das massas ignaras ao seu bel prazer.

Quando um dado governante de um país que nem o Brasil, por exemplo, não está bem na ‘fita’ com estes poderosos ‘ocultos’, eles manobram suas ferramentas conhecidas como ‘engenharia de controle social’ que nada mais é do que um conjunto de ações de propagandas diretas e subliminares, e aí entra o uso da “Janela de Overton” [A Janela de Overton – Ou: Como fazer a opinião pública se deslocar de um ponto para outro ignorando o mérito das questões, excelente artigo do Reinaldo Azevedo disponível aqui! ] e as tais pesquisas de opinião manipuladas ou não [ibope, por exemplo.], para dá ‘credibilidade’ às ações que venham a interferir na queda daquele(a) governante que ‘elles’ desejam retirar do poder e, paralelamente e simultaneamente, as tais pesquisas já sugerem o nome ou os nomes dos prováveis ganhadores das eleições. É uma espécie de ‘preparação do terreno’ para o ou a candidato(a) do interesse do tal ‘poder oculto’.

O Brasil tem sido nas últimas décadas um modelo perfeito para a aplicação da tal ‘engenharia de controle social’ visto sermos um povo politicamente ignorante e avesso à política. E isto é terrível, pois, o homem pode ser um analfabeto do ponto de vista científico acadêmico, porém no ponto de vista político, NÃO! E um ‘analfabeto político’ é facilmente manipulável, conduzido quem nem boi para o abate!

Exemplos do uso da engenharia de controle social aqui no Brasil:

- Eleição de Fernando Collor e sua derrubada – ‘todo mundo’ sabe que quem manobrou a opinião pública para eleição e derrubada do Fernando Collor foi uma determinada rede de TV;

- A eleição de FHC foi uma consequência direta da eficácia do plano real no controle da inflação, no entanto, teve apoio da tal rede de TV; e,

- A eleição de Lulla foi uma consequência do desgaste político do FHC [será que o tal ‘desgaste’ foi proposital para dá espaço ao Lulla/PT e, em consequência, manter a esquerda no poder? Lembre-se: o PSDB é um partido de esquerda travestido de políticos que se dizem neoliberais!], e neste contexto político a ‘engenharia de controle social’ foi aplicada para eleger e reeleger o Lulla visto que a compra de votos via bolsas famílias garantiram a reeleição do Lulla com altos índices de aprovação daquele governante.  Já a eleição da Dilma foi uma consequência direta do alto ‘ibope’ pessoal do Lulla com as massas ignaras, com forte transferência de votos para então candidata Dilma.

Portanto, doravante fiquem de olho nas tais pesquisas de opinião sobre as próximas eleições visto que, mais uma vez, a engenharia de controle social está sendo aplicada ao nosso povo para conduzir as massas ignaras ao ponto de interesse do ‘poder oculto’.


Adsumus!


quarta-feira, 2 de abril de 2014

Dep Jair Bolsonaro comemora 31/março em grande estilo!

O Deputado Federal Jair Bolsonaro, Rio de Janeiro, comemora em grande estilo em Brasília, em frente ao  Ministério da Defesa, o 50º aniversário da Contra-Revolução de 31 de março de 1964.

Aqui o link do vídeo.


Adsumus!

Amigos de infância II. A Família Frutuoso.

Já escrevi no post "Amigos de Infância I. Família Medeiros" [leia aqui!], sobre a Família Medeiros. 

Neste post quero me ater à Família Frutuoso. A família do 'seo' Manã e Dona Das Dores, moravam vizinhos à minha casa, na Rua Alípio Bandeira, Bairro das Quintas.

Era uma família grande! Mariano Frutuoso Junior, o mais velho e meu amigo de infância e adolescência, a Lúcia e a Gorete, o Marcos, o Batista, Francisco e o Jairo.

O 'seo' Manã era um mecânico de 'mão cheia', completo: trabalhava a mecânica, lataria, pintura e elétrica dos automóveis da época.

Dona Das Dores comandava a casa com bastante energia e a prova maior da eficiência, eficácia e efetividade de suas ações é que todos os seus filhos são pessoas de bem!  Se graduaram, conseguiram bons empregos nos setores públicos e privados. Todos são pessoas de excelente índole! 

Desta família, o Junior [Mariano Frutuoso Junior] era a pessoa que eu era mais 'chegado' pois costumávamos brincar juntos com os demais amigos e colegas da rua. Até hoje nos correspondemos e, na medida do possível, nos encontramos.

O 'seo' Manã costumava fazer piqueniques nas praias de Natal e transportava a família numa caminhonete e eu, quase sempre, era um dos convidados!

É outra Família que quero deixar o registro da minha estima, respeito e consideração, aqui no blog das 'minhas memórias'.

Adsumus!