Neuralgia ou nevralgia do trigêmeos?
Você sabe o que é?
Pois
é, ... eu sofro desta patologia há 27 anos! Que eu saiba, não tem cura! A
ciência médica, no caso, a neurologia, tem alguns tratamentos para aliviar ou
até mesmo inibir o sofrimento dos pacientes vitimados desta patologia.
Minha
primeira crise de dor ocorreu no segundo semestre de 1990 quando eu estava
fazendo o curso de aperfeiçoamento em eletrônica no CIAA. Naquela época eu não
sabia do que se tratava e os médicos nos próximos 15 anos, também!
Num
primeiro momento, começou com uma irritação nos dentes. Procurei o dentista e o
mesmo, após um criterioso exame, informou que a minha dentição estava ok.
Procurei o clínico e, além do incômodo dentário, a narina esquerda “tapava”,
minha saliva ficava pastosa e havia uma secreção nas narinas, sugerindo ser uma
sinusite, só que os exames de raios X não mostravam ‘velamento’ dos seios nasais
e paranasais, dificultando um diagnóstico correto da doença.
O
fato é que ‘sofri’ [e como sofri! Quando as crises vinham, não havia analgésico
que aliviasse meu sofrimento!] durante 15 anos sem ter o diagnóstico correto da
patologia. Era ‘envenenado’ com antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos
e... Nada! A dor continuava e desaparecia ao seu bel prazer!
No
ano de 2005, lá pelos meses de julho a agosto, a crise de dor veio
superviolenta! Houve uma noite em que a dor durou de meia-noite às quatro da
manhã! [um “zero às quatro” infernal! Kkkkkk!!!!].
Bem,
após percorrer vários otorrinos aqui em Natal e tirar uma tomografia
computadorizada da cabeça e uma ressonância magnética é que, um Otorrino [este
com letras maiúsculas!] o Dr. CRESO, me deu o diagnóstico correto e me
encaminhou ao neurologista.
Me
dirigi ao Pronto Socorro do Hospital São Lucas [o Dr. Creso me pediu para não
informar ao neuro o diagnóstico! “Coisas” de médicos! KKKKK!!!!] e durante a
consulta com o neuro, tentei, de uma forma resumida, contar meus últimos 15
anos de sofrimento com as crises de dor que vinham e desapareciam, me deixando,
às vezes, alguns meses em paz e outras, até anos! [a última crise ocorreu em
2008!]. Me foi prescrito um fármaco que não debelou as dores! Voltei ao PS do
São Lucas e fui atendido por outro neuro que tomou conhecimento da situação e
me prescreveu outra medicação [neurontin, cujo elemento químico ativo da
fórmula é a ‘gabapentina’!] e me pediu para procurar o Dr. Fábio Melo para me
acompanhar no tratamento.
Agora
sim! A ‘gabapentina’! De pronto! Na dose inicial bem alta, controlou a dor! Que
alívio! Passei alguns meses usando este fármaco para controlar as crises de
dores, e deu certo!
Na
última crise, em 2008, procurei o neuro e expliquei a situação com a informação
de que a gabapentina resolveria o problema. E assim foi feito. O neuro me
prescreveu a ‘gaba’ e usei por algumas semanas e pronto!
Este
ano, no mês de agosto, comecei a sentir que iria ter uma crise. Na época estava
na Noruega. Fiquei me ‘segurando’ para voltar ao Brasil. Logo que chequei ao
Brasil, os sintomas que caracterizam que eu vou ter uma crise de dores, se
acentuaram e aí procurei o neuro e iniciei o tratamento com a gabapentina.
Agora já está sob controle e espero até o início do mês de novembro, parar o
uso da medicação e torcer para que a dor não volte nos próximos 9 anos! KKKKK!
Esta
dor é tão violenta que não desejo para meu pior inimigo! Li um artigo do
Instituto da Dor de São Paulo, no qual o mesmo classifica as dores nos níveis
de 1 a 10. A dor de nível 10 é aquele câncer terminal que nem a morfina alivia
o sofrimento do paciente e a dor do trigêmeo está classificada entre os níveis
8 e 9 desta escala!
Pois
bem! Espero que os(as) amados(as) e queridos(as) leitores(as) deste post nunca
sofram desta patologia!
A
maioria dos médicos não estão preparados para dá o diagnóstico correto! Até
mesmo os neurologistas, pois, uma certa vez, em plena crise de dor, fui me
consultar com um neuro e o mesmo não conseguiu dá o diagnóstico correto da
doença!
E o
que é que provoca a dor do trigêmeo? Bem, no meu caso, [o que vou relatar não
tem uma fundamentação científica/acadêmica, ok?] após me auto-analisar em cada
crise, percebi que elas ocorreram em situações nas quais eu estava sob ‘stress’
continuado
e, sob este ‘stress’, eu pratico um ‘bruxismo inconsciente’
[aperto os dentes e como uso duas
próteses, acredito que, de alguma forma, faço pressão em alguns nervos
trigemiais os quais se ‘inflamam’ ou a pressão os faz mandar a informação de
dor ao cérebro] e aí começa meu sofrimento. A gabapentina não atua na causa e
sim, no cérebro, nas sinapses dos neurônios de modo que o cérebro não fica
‘sabendo’ do problema lá na face esquerda!
E
para encerrar, quero deixar aquele “Tríplice e Fraternal Abraço” ao meu querido
e amado Irmão de Filosofia e Armas o Cel-PM-RN Médico Neurologista Erasmo FIRMINO da Silva que, apesar de fazer
mais de 40 anos que não nos vemos fisicamente, nos tratamos como se nunca
tivéssemos nos ‘separados’, além de me ‘consultar por telefone’! KKKKK!
Adsumus!
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