segunda-feira, 31 de março de 2014

Não se apaga a história.

O artigo abaixo, de autoria do Capitão-de-Mar-e-Guerra (FN-RM1) NOEL BUSTORFF, foi publicado, inicialmente, no dia 31 de março de 2013 aqui. 

Hoje, em homenagem aos 50 anos da Contra-revolução que, naquele momento da nossa história, nos livrou do comunismo/socialismo, estou republicando-o.  Porém, creio que, as condições atuais do país, estejam nos 'empurrando' para outro 31 de março de 1964!

Uma boa leitura!


NÃO SE APAGA A HISTÓRIA

                   Nada melhor que a história para se confirmar a si mesma. Quando nos debruçamos sobre os fatos que deram origem ao nazismo vemos os postulados de Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler, entre os quais, ressalta-se, o que afirma que “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.

                   Stálin, por sua vez, também quis apagar o passado, chegando ao ponto de adulterar fotos onde apareciam Lênin e Trotsky, como forma de ampliar o culto da sua personalidade, bem como, minimizar a importância dos antigos companheiros na implantação do regime soviético.

                   O núcleo político do governo, composto, em sua maioria, pelos terroristas dos anos 60, vem, sistematicamente, tentando falsear a história contemporânea do Brasil, distorcendo todo o processo que culminou com o Contragolpe de 31 de março de 1964, contando com o servilismo de determinados segmentos da mídia que, ao invés da verdade, optaram por escusos interesses publicitários.

                   A mentira mais esgrimida como verdade é que lutavam pela democracia. Fernando Gabeira recentemente declarou: “O programa político que nos movia naquele momento, era voltado para uma ditadura de proletariado. (...) A luta armada não estava visando à democracia.”
                   O governo João Goulart foi marcado por um estilo populista, com movimentos grevistas, sublevações, inclusive nas Forças Armadas, criando um clima de intranqüilidade na família brasileira. A deposição do presidente era exigida pela maioria das instituições. O Brasil corria o risco de ver seu pavilhão auriverde substituído pela bandeira da foice e do martelo.

                   Quando o movimento eclodiu e se fez vitorioso, uma onda de júbilo varreu a nação. Quem desejar comprovar tal fato leia os jornais e revistas da época, onde irá constatar, ainda, o apoio dos principais líderes políticos de então. 

                   Outra agressão à verdade dos fatos é que a luta armada foi decorrência do AI-5, quando na realidade este foi instituído em 13 de dezembro de l968 e os atos terroristas, assaltos a bancos e atentados a quartéis já vinham ocorrendo há muito, podendo ser citado como marco inicial o atentado ao Aeroporto de Guararapes em 25 de julho de l966, visando a morte do então candidato Costa e Silva, onde morreram um Almirante e um jornalista, deixando 16 pessoas feridas, todas civis, inclusive uma criança.

                   A repressão a essa onda de terror e o combate à guerrilha no Araguaia só tiveram início a partir de 1969. Foi uma guerra fratricida, com os indesejáveis efeitos colaterais em ambos os lados. Foi o preço a se pagar pelo expurgo da ameaça comunista.

                   Durante o regime militar vimos o surgimento do Brasil potência. Saímos do 48º lugar na economia mundial para a 8ª posição. Toda a infraestrutura foi ampliada. Portos, aeroportos, estradas e hidroelétricas foram construídos. Após 21 anos, de forma pacífica, o poder foi devolvido aos civis. A Lei de Anistia foi um remédio eficaz para cicatrizar as feridas remanescentes, diferentemente de outros países do nosso continente.

                   Lamentavelmente, assistimos hoje uma tentativa de desmonte desse ambiente harmônico, justamente por aqueles que foram mais beneficiados pela anistia. A sanha revanchista empana o raciocínio dos derrotados de 64, que hoje se encastelam na cúpula governamental. Negar às Forças Armadas o direito de cultuar valores que lhes são caros, tais como a comemoração da Intentona Comunista e o Movimento Cívico-militar de 31 de março é dizer a geração de hoje que os que lutaram pela erradicação do comunismo estavam errados.

                   Essa campanha de desmoralização das Forças Armadas habilmente urdida pelos srs. Tarso Genro e Paulo Vannuchi, notórios terroristas no passado, iniciou-se com a famigerada Comissão da (In)verdade e a cada dia se encorpa mais. No dizer abalizado do Gen Avellar Coutinho, “Esquecer 1964 é uma atitude de capitulação moral e intelectual. É ocultar das atuais gerações o papel exemplar das Forças Armadas, impedindo a criação da república sindicalista e da ditadura do proletariado.”
                   Uma nação projeta o seu futuro tendo como preocupação o não cometimento dos erros do passado, mas, somente o conhecimento da sua história lhe permite a escolha adequada. Negar a sua história é negar a si mesma.

                   Se os militares da ativa estão amordaçados pelos regulamentos castrenses e por imposição constitucional, cabe a nós, inativos, porém vivos, cultuarmos àqueles que salvaram o nosso Brasil nos momentos mais difíceis da nossa história, prestando-lhes nossas mais respeitáveis continências e lembrando aos que intentam destruir nossas Forças e nossas instituições, que continuamos fiéis ao compromisso solene prestado perante a nossa bandeira, de dedicarmo-nos inteiramente ao serviço da Pátria, mesmo com o sacrifício da própria vida.

Viva o Brasil! Viva os militares do Brasil!

Noel Bustorff

Adsumus!

Nota: os grifos são nossos!

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