Senha:
MURO! Contra-senha: GRAMA!
Já
escrevi aqui sobre o Sargento
Infante Gonçalves. Também, já escrevi diversos posts em que cito que servi no
Batalhão Humaitá – 2ºBtlInf/DivAnf - entre março de 1978 a junho de 1982,
quando fui desligado para o Centro de Instrução e Adestramento do Corpo de
Fuzileiros Navais [antigo CIAdest-CFN e atual CIASC] fim fazer o Curso de
Formação de Sargentos Fuzileiros Navais de Comunicações Navais.
Escrevi,
também que, no lapso temporal em que servi no Batalhão Humaitá, participei de quase 100% das operações
militares que o batalhão esteve envolvido, porém em termos de Operação Dragão,
só participei da Dragão 78 e 79. No período da Dragão 80 estava envolvido na
Operação Pós Unitas que ocorreu num período quase que simultâneo com a Dragão
80 e durante o período da Dragão 81, não participei em função de está
concluindo o ensino médio – o famoso 2º grau e já estava classificado e
selecionado para fazer o Curso de Formação de Sargentos/82 e uma das exigências
para tal curso era a apresentação do certificado ou diploma do ensino médio de
formas que mostrei aos meus superiores a necessidade de não poder participar da
Dragão e fui prontamente atendido deste pleito pelos meus superiores.
Ok.
Agora vamos à questão da "senha e contra senha”. Numa destas Dragão, não lembro se foi na de
1978 ou 1979, com a Cabeça de Praia já
conquistada pela Força de Desembarque
e as operações em terra sob controle desta Força, recebi ordens para levar uma
mensagem escrita ao comando do 3º Batalhão, Batalhão Paissandu, onde servia o
então Sargento IF Gonçalves lotado no Pelotão Anti Carro, da Companhia de
Comando daquele batalhão.
O
deslocamento foi feito numa viatura do Pelotão de Comunicações da CiaCmd do
Batalhão Humaitá, tendo como motorista o SD-FN Epaminondas, um soldado
“antigão”! [em breve deverei escrever um post sobre os famosos soldados
‘antigões’ e os cabos ‘velhos’].
Quando
nos aproximamos do Posto de Controle de Transito do Batalhão Paissandu, quem
estava de serviço fazendo o controle de acesso das viaturas era o Sargento
Gonçalves com sua equipe de Anti Carro. A viatura com uma peça de canhão
AC-105mm, fazendo a proteção do acesso ao comando do batalhão.
Ao
se aproximar da nossa viatura para fazer a identificação do pessoal embarcado,
o Sargento Gonçalves nos cobrou a senha e aí ‘tocou barata voa’ para nós
visto que, no trajeto entre o posto de comando do nosso batalhão e o batalhão
Paissandu, houve uma mudança de senha e nós não fomos informados desta
alteração, porém, pelo fato do Sargento Gonçalves me conhecer e saber que eu
não era ‘FI’ [figurante inimigo], autorizou o nosso acesso ao PC do Batalhão,
mas o que ficou registrado na minha memória foi o ‘macete’ usado pelo ‘velho
Gonga’ para que nós decorássemos a senha em vigor:
- A
senha é MURO e a contra senha é GRAMA! Portanto, atrás do ‘muro’ tem a ‘grama’!
Explicou meu nobre amigo, padrinho do meu filho Marcos Antonio e irmão de
armas, o Sargento Gonçalves o qual o tenho na mais alta estima, respeito e consideração.
Até hoje, quando nos encontramos, rememoramos tal fato e damos boas
gargalhadas! KKKKKKKK!
É
isso aí. Nosso cérebro é incrível! É
capaz de armazenar bilhões e bilhões de ‘bits’. Vamos por os neurônios para
‘brigar’ e manter o cérebro sempre ativo, retardando o Alzheimer!
Adsumus!
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