Operação África/94
No período entre
os meses de setembro a novembro de 1994 participei da Operação África/94
embarcado na Corveta Forte de Coimbra,
mas conhecida, na minha adolescência aqui em Natal, como “Fuinha”. A origem deste apelido dado à corveta desconheço e não faço
a menor ideia de como e quando surgiu. O navio demandou o porto de Natal e
visitou os seguintes portos:
- Praia, Cabo
Verde;
- Dakar,
Senegal;
- Bissau,
Guiné-Bissau;
- Abidjan, Costa
do Marfim;
- Tema, Gana;
- Libreviller,
Gabão; e,
- Ilha de
Ascenção, Reino Unido.
O navio, sob o
Comando do então Capitão-de-Corveta OSMAR, cumpriu sua missão maior que era de
preparar a tripulação para viagens transoceânicas.
Estava embarcado
três Fuzileiros Navais: um Capitão-Tenente [não lembro o nome de guerra, só sei
que veio do Rio de Janeiro para participar da missão], um Cabo FN IF que também
não lembro o nome de guerra, porém lembro que servia no Comando do 3ºDN e eu.
Minha indicação
para a esta viagem foi interessante: a mensagem mandando o Grupamento de
Fuzileiros Navais de Natal indicar um praça suboficial ou primeiro sargento [na
época tinha sido promovido a primeiro sargento em junho daquele ano!] chegou ao
Grupamento num dia em que eu estava de licença e quando regressei no dia
seguinte recebi a notícia direta do
então 1º Tenente A-FN INÁCIO, meu chefe direto sobre minha indicação
para a viagem que, para nós, era como se fosse um prêmio.
Além dos três
FNs embarcados, também dois civis da Marinha participaram da missão, um era o
Senhor Wellington o outro não lembro o nome.
O médico
embarcado foi o então Capitão-Tenente MD CALHAU, nosso famoso e querido Doutor
Calhau que chegou na ativa ao posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra. Um excelente
médico! Muito dedicado à recuperação dos seus pacientes.
Partimos do porto de Natal com destino ao porto Praia na ilha de Cabo Verde. A travessia
durou cerca de seis dias. Nas primeiras horas de navegação me senti um pouco ‘grog’
e fiquei no convés principal sentindo a brisa do mar de formas a me adaptar ao
balanço do navio.
Em poucas horas
já estava totalmente adaptado de formas que passei a me integrar à tripulação do
navio.
O imediato me
chamou no seu camarote e me informou que eu iria participar do detalhe de serviço
na escala dos contra-mestres do navio para ajudar o pessoal de bordo e,
prontamente, respondi que não havia problema, salvo a dificuldade de não saber
apitar, porém contornei esta situação solicitando apoio ao pessoal do navio de maneira que,
sempre que estava no horário e havia necessidade do uso do apito, o pessoal de
bordo prontamente apitava para eu desde a rotina do navio ao cerimonial da
bandeira.
O post está
ficando longo, de forma que vou dividir as memórias
desta viagem em outros posts, ok?
No próximo post, vou rememorar a festa do “Rei
Netuno” onde fui ‘batizado’! KKKKKK!!!!!!!!!
Até o próximo!
Adsumus!
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