Oficial R-2. Um causo.
Ao ver postagens
no facebook relativo ao aniversário do Quadro de Oficiais R-2 me veio à memória
um ‘causo’ comentado por meu amigo, compadre e irmão de armas Jorge Gonçalves da Silva; o Sargento FN IF Gonçalves, um dos
fundadores do Batalhão Paissandu – 3ºBtlInf/Divanf que, sobre o mesmo, escrevi o
post “1ºSargento FN IF Reformado Jorge Gonçalves
da Silva” [link aqui para o post],
sobre a criação do Quadro Complementar de Oficiais da Marinha.
Num dos bate
papos que costumamos travar na sua ou na minha residência e entre uma dose de
wisk ou uma taça de vinho tinto seco e outra, ele me contou que, certa vez,
após transmitir as ordens de parada ao pelotão que ele era o auxiliar, teceu
alguns comentários em relação aos oficiais QC, explicando que este pessoal
estava ingressando na Marinha e que nós tínhamos muito o que aprender com eles
em função deles estarem vindo de universidades, com uma maneira totalmente
diferente de pensar da nossa, que deveríamos ser tolerantes e aos mesmo tempo
ajudá-los naqueles conhecimentos práticos que eles ainda não tinham, etc et
tal.
O fato é que, um
oficial deste quadro estava ouvindo a preleção sobre os oficiais QC e depois
que o Gonçalves liberou o pelotão para suas atividades programadas, o oficial o
chamou para uma conversar em particular sobre a questão dos oficiais QC-FN e aí
o Gonçalves voltou a explicar ao jovem oficial sobre questões do dia-a-dia do
CFN para as quais o oficial ainda não estava totalmente engajado e que, só com
o tempo e a vivência, eles iriam aprender a dominar certos ‘macetes’ da vida
prática dos Fuzileiros Navais. Explicou
que, ele, o Sargento Gonçalves, considerava de extrema importância a entrada
destes jovens oficiais na Marinha em função deles terem uma formação
científica/acadêmica diferente daquela que a Escola Naval propicia aos futuros oficiais da Marinha.
Bem, o fato é
que, dali para frente, aquele jovem oficial passou a ter um “olhar” diferenciado
em relação ao Sargento Gonçalves.
Na atualidade,
os(as) cidadãos que ingressam na Marinha pelo Quadro Complementar, tem chances
de atingirem o posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra, o mais alto posto dos oficiais
superiores e equivalente ao posto de Coronel no Exército e na Força Aérea
Brasileira, podendo, inclusive, assumirem comando de unidades, que, creio, é
uma das maiores glórias da oficialidade: O Comando de uma Unidade Operativa!
Parabéns pelas
conquistas ao longo do tempo dos nossos Oficiais
do Quadro Complementar!
Adsumus!
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