quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Café da manhã no sítio

Bem, como tinha prometido no outro post sobre minha vida no sítio, hoje vou escrever sobre o café da manhã!

No sítio costumávamos acordar junto com o nasce do sol! Sob o cântico dos galos!

Após uma rápida higiene, eu pegava um vasilhame com capacidade de 2 litros e uma caneca com capacidade aproximada de uns 300 ml.  Com estes dois apetrechos na mão, me deslocava para um sítio vizinho que nos fornecia leite 'in natura', direto do peito das vagas!  Bem, ao chegar ao sítio, me dirigia ao local onde o vaqueiro estava ordenhando as vagas, entregava a caneca e ele a enchia com leite direto do peito da vaga!  Com o leite ainda quente, eu o bebia até a última gota! Rsrsrs!!

Após ter o vasilhame de 2 litros cheio de leite, voltava para minha casa onde minha mãe levava ao fogão de lenha o leite para fervura.

Quem já ferveu leite 'in natura', sabe que, após o mesmo ferver, forma-se uma espessa espuma que tende a subir na panela  e, caso não remova a panela do fogo, a tendência é entornar todo o leite.  Esta 'espuma' é a nata, a gordura do leite!  Minha mãe juntava esta nata das diversas fervuras que o leite era submetido durante dia para não azedar, de formas que no dia seguinte, esta nata era disposta num prato e com um pouco de farinha eu a comia acompanhada com uma caneca de café com leite e,  as vezes um biscoito ou pão ou 'soda' - coisas raras por aquelas paragens naqueles tempos! Rsrsrsrs!

Pronto!  Agora podia brincar à vontade!  Subir nos cajueiros, mangueiras, armar 'fojo' para pegar preiá, ou fazer armadilhas para rolinhas, as vezes me dirigia ao rio para pescar.

Na frente da nossa casa, do outro lado estrada que cruzava o terreno, tinha um imenso cajueiro!  Na época desta fruta, meu pai dava e vendia cajus.  Este cajueiro sozinho era capaz de encher vários caçuais - uma espécie de balaio feito de cipós, usado para transporte de pequenas cargas nas cangalhas dos animais como jumento, cavalos, ...

Doravante irei escrever sobre algumas 'travessuras' no sítio e vizinhanças, à proporção que elas vierem à memória.

Adsumus!


Nenhum comentário: